quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Tiritas, por favor

Fortaleza, 17 de fevereiro de 2011,
Só depois,                                                                                             00:01

                           [  Puedo escribir los versos más tristes esta noche.


Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos."
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche... ]

Eu, sinceramente, não queria estar sentindo esta angústia que castiga-me, corroe-me.
Você chega, aparece como o cair da neve, dizendo-me verdades, apenas verdades.
Logo você que julgo, incerto. Tento talvez corroborar minha tese estapafúrdia de esquecê-la.
Improvável.

Segues ao longe, mas bem perto do que imagino.  _Você sempre surpreende-me.
Posso ser dramático em palavras, mas falta-me coragem para entoar, em sonoros silênciosos sussurros, versos de desamor.

Surpreendeu-me, sim, novamente. Desta vez estou derrotado. Meu sentimento maior já não suporta sua ausência, penso em esquecer-te esta noite... Talvez consiga esquecer tuas palavras, verdadeiras, sinceras.

Minha sensação detestável de mim mesmo agora permanece, mesmo tentando encontrar palavras, circulam teus suaves pedidos de socorro.

Você sempre esteve lá.
_ Ei, não esqueca que você faz parte de tudo isso, deste vasto e humilde corazón.
Ele pode tudo.

Perdoe-me, mas poderia ter escrito os versos mais tristes.

T.A.
                                    ...


Ela observa, como quem transpassa punhos de rede, e, mais que cuidadosamente, deixa a carta sobre a  cabeceira.

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