Que virou um circo pra desviar nossa atenção todo mundo já sabe, mas vamos para a palavra Hipocrisia ( [F.: Do gr. hypokrisía, as.] Ação ou resultado de dissimular, falsear a verdade, as intenções, os sentimentos) que é a palavra da vez em resumo à personalidade de inúmeros manifestantes brasileiros contra um deputado federal pra lá de polêmico. O que cada um tem em mãos é um orgulho ferido, manchas de insolação no próprio nariz. -Quero dizer que faço parte da minoria insatisfeita com as palavras e outras atrocidades que muitos representantes do povo falam por aí! Mas...
Atualmente, todo um passado de um deputado-evangélico está vindo à tona, toda a sua opinião sobre diversos assuntos polêmicos, principalmente os relacionados à religião, união homoafetiva, famosos e afro-descendentes, estão sendo divulgados em mídia. Liberdade de expressão é apenas um direito e blá blá blá.
O porquê da insatisfação sobre a bola da vez vem de dentro de mim, da minha vontade de fazer justiça, da emoção e de uma gama de sentimentos que ainda ardem e me invadem vez por outra e não era preciso ter sido criado em cotidiano cristão ou em outra crença para enxergar além neste caso. O interessante é que dias antes do escândalo um outro bem maior estava in voga, "Renan Calheiros é o novo presidente do Senado", o que também gerou muitas manifestações, mas, cá pra nós, é melhor manifestar contra quem fere nosso ego a manifestar contra quem fere o ego de toda uma população, roubando até o último centavo em prol da linda corrupção que, claro, não pode morrer de fome. Voltando, a minoria da população brasileira "atacada", não só por um deputado com opiniões radicais, mas também por milhares de preconceituosos que diariamente ainda desrespeitam o espaço do próximo, é facilmente iludida sem piedade com a tentativa de se sobressair em algo sem muita colaboração no desenvolvimento do país, afinal, que importância tem para a nação a renúncia de um deputado ficha limpa?
Para se conseguir alguns direitos no Brasil é preciso garra para manifestações, diria mesmo revolução, e eu sou totalmente a favor que lutemos por nossos direitos como cidadãos honestos, justos, mas que sejam ações pensando no bem maior. Esse lenga lenga de religiões é um passado que só remexe quem ainda carrega feridas de algo ou da tia crente que perturbou até a morte, mas não é que ela só queria seu bem? E claro, se o deputado não fosse evangélico, tudo isso não teria repercussão, ele seria o mesmo pedreiro que chama de bichinha o menino que passa, o mesmo coleguinha que tira onda com o outro por ser mulato ou negro, o mesmo, como nós que diariamente deixamos passar desapercebidos muitos de nossos preconceitos. Lutemos contra o mal, contra a corrupção que assola essa nação, lutemos contra nossas próprias limitações. Lutemos a favor de uma educação de qualidade para que nossa cultura evolua, cresça.
Não é o próprío povo que costuma dizer: "Opinião não enche barriga? Tudo bem que Feliciano é um representante do povo, com o cargo que ocupa, mas essa história já deu o que tinha que dar. Lutemos por algo maior meu povo.
Enquanto isso, na sala da justiça, José Genoíno, João Paulo Cunha, condenados do mensalão, juntamente com o nosso Renan, cantam e dançam, invisíveis, ao som de um cantor ou banda que não sejam brasileiros, claro. Beijo Brasiel!
-Se eu disse bobagem, comentem.
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