domingo, agosto 19, 2012

Paciência é o intervalo entre a semente e a flor.

Hoje é um daqueles dias que me fazem lembrar da palavra "semente" e acabo de encontrar esta bela frase que insisti em destacá-la sem pensar muito antes. É com este belo título que decido construir aos poucos um texto, para ele não garanto a coesão, muito menos a coerência.
Tenho mais umas horas de férias gerais. Queria mesmo é que esse blog fosse a mídia mais poderosa do Brasil, falaria tanto sobre a greve nas universidades federais... mas eu quero mesmo é contar que amanhã uma semente especial estará começando a germinar. Não sei que baboseira toda é essa que escrevo. É que voltar a estudar inglês me deixou assim. Dedicar-me agora do zero, sem desistir por forças exteriores, por falta de tempo, dinheiro ou trancamento. Talvez futuramente eu lembre desse texto e na cerimônia de conclusão do curso eu leve uma flor, de preferência branca. Que represente minha paciência e determinação. One day conseguirei ver um filme sem precisar de legenda. Oremos. E que essa flor me lembre também da saudade de ter saudade, das amizades que se foram, dos amores que não tiveram minha reciprocidade, do ensino médio. Do arrependimento de não ter estudado pra caramba no ensino médio. Da beleza das amizades do colégio. Que coisa. Da filmagem de fim de ano que na verdade eu não filmei. É que hoje vesti uma camisa casualmente. Branca, nela estampado "Feliz 2009", e lembrei do céu escuro de um sítio que esperava ser iluminado por fogos de começo do ano e percebo como o tempo nos molda. Infelizmente estava perdendo a beleza do momento, não há registro, simplesmente a tecnologia era avançada pra eu perceber que não tinha nada sendo gravado. Acontece que a cada dia quero tornar-me diferente. Quero crescer. Quero um dia escrever algo com sentido e corretamente elaborado. Amanhã também retornam minhas aulas de português. Conhecer gente nova é uma boa. 

Que eu tenha paciência Señor, que meu caminho seja regado com tanta water que no momento em que o vento me balançar eu possa matar a sede de outras pessoas. Que esses anos de aprendizado que virão sejam para entender sempre mais do teu grandioso e lindo projeto, que gentilmente denominamos VIDA

quinta-feira, agosto 16, 2012

Olimpíadas no Brasil?


Rir pra ficar feliz.


terça-feira, agosto 07, 2012

15 de abril

Resolvi perguntar a data de seu aniversário. Ele havia dito que há doze anos não ganhava presentes. Ganhou uns quatro... corrigiu. É morador de ruas frias e perigosas. Quentes e escaldantes tardes de mãos ocupadas, vagarosas pela busca de algo. No lixo de alguém.
Desacreditado pela família, integra o grupo da grande massa dos excluídos da sociedade. Dominado por vícios sórdidos, vaga pela margem da vida.
Foi uma despedida.
Como o conheci não venho explicar, apenas surgia, com um olhar de quem não pertencia àquele grupo, despertando em mim uma curiosidade. Estava apenas de passagem em meu caminho. Ou eu no dele.
E que chegou ao fim.
Uma vez, de cabeça quente, me disse que não sabia ler. Nem se importava mais em pensar, pois
claro que sabia. Outro dia chega minhã mãe com um livro muito lindo, a bíblia. Ele não hesita em querer abri-la e faz questão de ler, pausadamente. Seus olhos brilham. Lembra talvez da mãe do outro lado da cidade?
Dona Socorro tem uma voz firme. Falei com ela marcando um encontro, a pedido do filho, Gilvan, que apresentara-se Tatuado. Ele se foi. Foi tentar vencer o vício, longe do meu alcance. Concluiu dizendo que Deus tem algo novo para ele. E eu acredito.
Um novo amigo.
Que não reclamava da vida.
Sorria.
Esperava com o brilho no olhar
a virada.


Ainda que haja noite no coração, vale a pena sorrir para que haja estrelas na escuridão.
Arnaldo Alvaro Padovani